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Soluções para tratamento da Presbiopia

Durante os dias 28 e 31 de maio de 2025, São Paulo foi palco do BRASCRS, o maior congresso de catarata e refrativa do país. Foi neste contexto que a ZEISS, empresa internacional voltada para tecnologia nas áreas de óptica e optoeletrônica, promoveu um simpósio com grandes nomes do Brasil e do mundo para falar sobre tratamentos para presbiopia. Os médicos Giordano Fanton, Florian Kretz, Durval Carvalho Jr. e Celso Boianovsky trouxeram suas experiências com as lentes da ZEISS para o tratamento da presbiopia, bem como casos reais de pacientes, melhores utilizações e inovações.

Abordagem avaliativa na seleção de pacientes para lentes premium
 “Quantos de vocês recomendariam a cirurgia premium para catarata?”

Foi assim que Giordano Fanton, oftalmologista especializado em microcirurgia do segmento anterior do olho, começou sua apresentação, revelando uma disposição maior entre os médicos brasileiros em indicar esse procedimento em comparação aos europeus. A cirurgia premium, no entanto, exige mais do que entusiasmo — demanda critérios rigorosos e uma avaliação individualizada.
Um caso emblemático de um pianista internacional ilustrou essa complexidade. Apesar de um histórico ocular desafiador — incluindo descolamento de retina e limitações retinianas —, o paciente insistiu em uma LIO premium. Fanton destacou a necessidade de equilibrar expectativas com realismo clínico, envolvendo até mesmo a validação por meio de cálculos de potência via IA (ZCalc). O sucesso pós-operatório, com acuidade visual de 0.9 e adaptação perfeita para performances musicais, reforçou que a tecnologia deve ser aliada, mas nunca substituta, do julgamento clínico.

Além de casos específicos, Fanton chamou atenção para tendências globais:
Demográficas: o envelhecimento populacional e o aumento de doenças crônicas como DMRI e glaucoma.
Econômicas: pressão por custo-efetividade em planos de saúde e a ascensão do value-based healthcare.

Para selecionar candidatos ideais, propôs um checklist dividido em fatores subjetivos (estilo de vida, expectativas, profissão — “um piloto não pode ter visão apenas intermediária”) e objetivos (saúde macular, biometria precisa, análise de aberrações corneanas).

“É preciso conversar com o paciente e garantir a ele que você está tentando fazer o melhor para o caso dele. Na Itália e também na Suíça, temos o hábito de usar esse tipo de ferramenta, na qual tentamos explicar por meio de um folheto visual, um folheto digital, qual será o resultado, o resultado visual do paciente. E, ao mostrar essa imagem, geralmente explicamos ao paciente que a neuroadaptação desempenha um papel importante sobre a qualidade percebida pelo paciente.”

Um ponto crucial foi a comunicação pré-operatória. Na Europa, utiliza-se material visual (como flyers digitais) para explicar o processo de neuroadaptação — fundamental para pacientes que escolhem LIOs multifocais. “O tempo gasto explicando é tão vital quanto a técnica cirúrgica”, afirmou.

Por fim, Fanton desafiou a plateia novamente: “Quantos de vocês, como pacientes, fariam a cirurgia premium?” Desta vez, as mãos levantadas confirmaram que, quando bem indicada, a tecnologia premium não é apenas uma opção clínica, mas uma escolha pessoal.

Casos que desafiam o convencional
Em um cenário onde a demanda por soluções visuais integrais só aumenta — especialmente com a população ativa trabalhando cada vez mais com múltiplas telas —, Kretz apresentou um arsenal de opções que vão além das LIOs premium tradicionais.
Florian Kretz apresentou diversas estratégias para a correção da presbiopia, desde LIOs monofocais até as trifocais. Ele destacou o uso combinado de lentes EDOF (como a ZEISS AT LARA) e trifocais (como a ZEISS AT LISA tri) para otimizar a visão em diferentes distâncias:
Kretz compartilhou sua experiência com pacientes jovens (40-50 anos) que, por risco aumentado de descolamento de retina ou fotopsias, não eram candidatos ideais a LIOs multifocais. Para esses casos, destacou o ZEISS Presbyond, uma técnica de LASIK personalizada que combina visão monocular adaptada com correção de aberrações esféricas.

“Não é a monovisão clássica”, explicou. “Criamos uma zona de transição binocular intermediária, onde cada olho contribui para a visão em telas de computador — algo crítico para profissionais que trabalham com múltiplos monitores.”

“Se pensarmos em todos esses jovens com presbiopia, muitos deles trabalham com mais de uma tela de computador ao mesmo tempo. Portanto, se eles têm apenas um olho que lhes dá o intermediário, eles têm um problema, pois precisam se virar o tempo todo para enxergar.

Por isso, testamos as diferentes potências para perto nesses pacientes, e nos pacientes mais jovens começamos com 0,75 e dizemos a eles que, em três, quatro ou cinco anos, talvez tenhamos de aprimorá-la um pouco.”

Kretz demonstrou que até LIOs monofocais podem oferecer visão intermediária satisfatória — desde que bem selecionadas. Apresentou dados da CT Lucia, uma LIO monofocal “plus” com perfil óptico assimétrico:
Central: corrige aberrações esféricas para imagem nítida
Periferia: aumenta aberrações para ampliar profundidade de foco

Foi realizado um pequeno estudo no Camboja como parte de um projeto social, no qual pacientes receberam implantes da LIO Lucia. A triagem foi simples (apenas com lanterna, método também usado em regiões remotas do Brasil, como a Amazônia). Os exames incluíram biometria com ZEISS IOLMaster 700, OCT macular e acompanhamento pós-operatório em 1 dia, 1 mês e 3 meses.

Resultado após três meses:

  • Boa acuidade visual não corrigida para longe (considerando as limitações de um país em desenvolvimento).
  • 84% dos pacientes atingiram acuidade visual de 0,1 logMAR após 3 meses.
  • Alta satisfação geral dos pacientes.

O estudo demonstrou que a LIO Lucia pode ser uma opção eficaz mesmo em contextos de recursos limitados, com resultados visuais satisfatórios e boa adaptação em pacientes idosos.

Inovações em lentes intraoculares: a chegada da ZEISS AT ELANA
Durante o simpósio, Durval Carvalho Jr. contribuiu para o debate, abordando sobre a importância da chegada da lente ZEISS AT ELANA para a oftalmologia. Segundo ele, a ZEISS AT LISA tri já era excelente, mas a ZEISS AT ELANA veio ainda mais completa, com material hidrofílico e design em placa.

Com slides comparativos, mostrou as diferenças:
Distribuição de luz: enquanto a ZEISS AT LISA tri desviava os anéis intermediários para longe em pupilas grandes (reduzindo visão intermediária), a ZEISS AT ELANA mantém equilíbrio em todas as condições pupilares.
Injetor: a lente é liberada com suavidade, sem o ‘trauma’ da injeção abrupta que tínhamos antes.
“Implantei a ZEISS AT ELANA em um político de 65 anos com hipermetropia (+0.75) e catarata inicial. No pós-operatório, ele chegou a 20/15 sem correção. Quando perguntei sobre halos, ele respondeu: ‘Doutor, não vejo nada disso’. O paciente estava muito satisfeito!”


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